Esta relíquia, de Jozé Teixeira, morador da Gesteira no ano de 1823, supostamente relacionado com a minha família, foi-me mostrada pelo meu primo Manuel (http://blog-do-manel.blogspot.com/). É um passaporte para que o dito Jozé Teixeira se possa deslocar livremente por Portugal sem ser considerado fugitivo. Este documento foi guardado e conservado pela minha bisavó Maria de Jesus, também conhecida na Gesteira por Maria Maranhoa.
A transcrição possível do documento é a seguinte:
«Pasaporte
Joze Francisco de Noronha juiz ordinario das pessoas que serve neste couto de Cadima. Faço saber que deste couto e lugar da Gesteira parte Joze Teixeira cazado idade de trinta anos Travalhador de Inxada o qual parte para as partes de Lisboa a travalhar com enxada vai vestido (linha ilegível na dobra)gavão? cara comprida olhos castanhos pouca barba cabello acastanhado e para que lhe não ponha impedimento lhe mandei pasar o prezente que lheva para por tempo de trez mezes. Dado Trasado neste coutto de Cadima aos 27 de Maio de 1823.? Joaquim de ? ? ? ? ?Joze Francisco de NoronhaAsine ? E NadaNoronha»
Tirando algumas partes que são ilegíveis, nomeadamente uma das dobras, dá para ver que o juíz do couto de Cadima passava o documento para o Jozé Teixeira ir trabalhar para Lisboa durante 3 meses, fazendo inclusive uma descrição física da pessoa.
(a continuar)
Desconhecia a existência dos passaportes internos até ver este! Gostaria de encontrar alguns relativos aos meus próprios antepassados. Também tenho um 4º avô, de nome António Teixeira, que casou em Cadima em 1830 ( n. 1805- Bizarros- Arazede ) mas em 1842 já estava, penso que definitivamente, no concelho da Aldeia Galega do Ribatejo ( actual Montijo ). Seria uma alegria encontrar o seu passaporte!
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